Talvez você não tenha
se dado conta, mas lá se vão 24 anos desde que as bolas de futebol deixaram de
ser de couro. A primeira bola feita de material sintético, como as atuais,
surgiu em 1986, na Copa do México. Mais antiga ainda é a rivalidade entre Fiat
Uno e VW Gol. O Gol estreou em 1980 e o Uno, em 1984. De lá para cá, muita
coisa mudou, tanto em campo como em nosso mercado. As pelotas, em preto e
branco até 1998, ganharam cor a partir da Copa da França. Nas ruas, a
concorrência entre os carros aumentou, a tecnologia sofisticou os projetos e
agora, que a bola oficial da Copa da África tem até nome próprio (Jabulani), o
lançamento do novo Uno se escala para peitar o Palio no lugar de capitão no
time da Fiat, que no passado havia entrado em campo para substituí-lo.
O Uno chega num momento em que Fiat e VW disputam
carro a carro a liderança do mercado. Até o início de maio, a Fiat tinha 22,71%
de participação e a VW estava com 22,16%. Como Uno e Gol estão entre os mais
vendidos do país, a briga entre eles pode definir quem ficará em primeiro no
fim do ano.
Como não poderia deixar de ser, tanto a Fiat quanto
a VW tiveram grande preocupação com o design de seus modelos. As duas apontam o
visual como principal razão de compra, que também transmite valores como
qualidade e modernidade, entre outros.
A Fiat partiu da forma quadrada do antigo Uno para
fazer o novo, que ganhou um visual mais amigável, com cantos arredondados e
detalhes lúdicos, como os faróis e os retrovisores quadrados, a falsa grade
dianteira assimétrica e os adesivos aplicados à carroceria. A VW, que renovou o
Gol em 2008, também manteve suas proporções originais, mas aplicou as linhas
presentes nos novos modelos mundiais da marca. O vinco lateral, por exemplo,
veio do Passat CC. E as lanternas traseiras conversam com modelos como Jetta
Variant e Scirocco. O cuidado dedicado aos detalhes se nota em peças como o
spoiler traseiro, que parece desenhado com um só movimento de pincel, e os
retrovisores externos, com formato aerodinâmico.
Por dentro, os dois modelos são inteiramente novos.
Mas, comparando os painéis, nota-se uma semelhança incomum entre veículos de
marcas diferentes. Repare nas linhas básicas: a superior, que contorna as
entradas de ar (redondas), a horizontal, que divide o painel ao meio, e a
inferior, que tem uma depressão na altura do console. Outra coincidência: a
disposição dos porta-objetos e os botões do ar-condicionado. No espaço interno,
os dois também se equivalem, mas nesse quesito a semelhança é bem-vinda. Quatro
pessoas conseguem viajar com relativo conforto nos dois carros. No porta-malas
do Uno cabem entre 280 e 290 litros, dependendo da posição do encosto traseiro,
e o do Gol leva 285 litros.
De série, Uno e Gol saem de fábrica apenas com o
essencial. A maior diferença entre os dois está na qualidade do acabamento. A
superioridade do VW é percebida pela observação das peças e também pela menor
quantidade de ruídos vindos de painel, bancos, portas, cintos de segurança e
para-sóis, entre outras partes.
Ao volante dos 1.0, o Gol lembra a seleção escalada
por Dunga: correta, robusta, firme, previsível. Já o Uno parece a seleção
escalada nas ruas, tão competente quanto a primeira, mas dada a jogadas de
efeito, lances bonitos e mais jogo de cintura. Explico. O Gol tem a direção
mais pesada, exige maior esforço nas manobras. Sua suspensão firme não tolera
movimentos de rolling nas curvas e passa por buracos de forma tensa, quase
dura. Por sua vez, o Uno é um carro fácil de dirigir. Sua direção é leve e a
suspensão macia e confortável deixa a carroceria inclinar nas curvas – sem,
contudo, comprometer a dirigibilidade, uma vez que, apoiado, o carro segue a
trajetória obediente.
O Uno é mais divertido ao volante, sem dúvida. Mas
o Gol se saiu melhor nos testes. Com o estilo foco-no-resultado do treinador
brasileiro, o Gol acelerou de 0 a 100 km/h em 14,5 segundos e retomou de 60 a
100 km/h em 12,8 segundos, enquanto o Uno fez respectivamente 17,1 e 18,6
segundos. Nas provas de consumo, pode-se dizer que houve empate. O Gol
conseguiu 8,7 km/l na cidade e 12 km/l na estrada. O Uno fez 8,4 e 11,5 km/l,
respectivamente. Mas, de qualquer modo, como andou mais e gastou o mesmo, o Gol
demonstrou ter um motor mais eficiente.
Na hora de contabilizar prós e contras, o Uno se
destacou pela novidade de seu design ousado e pelo comportamento dinâmico. O
Gol chamou atenção pela qualidade (apesar do histórico de recalls que essa
geração coleciona) e pelo desempenho. O desempate ficou por conta dos preços,
quesito em que a vantagem fica com o Uno. O Fiat básico é menos equipado, mas
permite ao comprador equipá-lo com ar-condicionado e direção hidráulica, entre
outros itens, com um investimento menor que o necessário para equipar o Gol.
Como não costuma ser diferente nos clássicos, o equilíbrio marcou o confronto
entre Gol e Uno. Entre jogadas inteligentes e bem ensaiadas de ambas as
equipes, num jogo de poucas faltas, o Uno vence pela relação custo-benefício.
*Conclusão do Blog - A briga entre Uno e Gol é velha,desta vez o desempate podemos dizer que nos pênaltis,Fiat Uno ganhou no Custo beneficio, mas ainda pode-se deixar clara a superioridade do VW,se você possui condições fique com o VW, mas se não for o casso o Uno é uma ótima opção

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