24/07/2012

Uno VS Gol.


Talvez você não tenha se dado conta, mas lá se vão 24 anos desde que as bolas de futebol deixaram de ser de couro. A primeira bola feita de material sintético, como as atuais, surgiu em 1986, na Copa do México. Mais antiga ainda é a rivalidade entre Fiat Uno e VW Gol. O Gol estreou em 1980 e o Uno, em 1984. De lá para cá, muita coisa mudou, tanto em campo como em nosso mercado. As pelotas, em preto e branco até 1998, ganharam cor a partir da Copa da França. Nas ruas, a concorrência entre os carros aumentou, a tecnologia sofisticou os projetos e agora, que a bola oficial da Copa da África tem até nome próprio (Jabulani), o lançamento do novo Uno se escala para peitar o Palio no lugar de capitão no time da Fiat, que no passado havia entrado em campo para substituí-lo. 

O Uno chega num momento em que Fiat e VW disputam carro a carro a liderança do mercado. Até o início de maio, a Fiat tinha 22,71% de participação e a VW estava com 22,16%. Como Uno e Gol estão entre os mais vendidos do país, a briga entre eles pode definir quem ficará em primeiro no fim do ano. 

Como não poderia deixar de ser, tanto a Fiat quanto a VW tiveram grande preocupação com o design de seus modelos. As duas apontam o visual como principal razão de compra, que também transmite valores como qualidade e modernidade, entre outros. 

A Fiat partiu da forma quadrada do antigo Uno para fazer o novo, que ganhou um visual mais amigável, com cantos arredondados e detalhes lúdicos, como os faróis e os retrovisores quadrados, a falsa grade dianteira assimétrica e os adesivos aplicados à carroceria. A VW, que renovou o Gol em 2008, também manteve suas proporções originais, mas aplicou as linhas presentes nos novos modelos mundiais da marca. O vinco lateral, por exemplo, veio do Passat CC. E as lanternas traseiras conversam com modelos como Jetta Variant e Scirocco. O cuidado dedicado aos detalhes se nota em peças como o spoiler traseiro, que parece desenhado com um só movimento de pincel, e os retrovisores externos, com formato aerodinâmico. 

Por dentro, os dois modelos são inteiramente novos. Mas, comparando os painéis, nota-se uma semelhança incomum entre veículos de marcas diferentes. Repare nas linhas básicas: a superior, que contorna as entradas de ar (redondas), a horizontal, que divide o painel ao meio, e a inferior, que tem uma depressão na altura do console. Outra coincidência: a disposição dos porta-objetos e os botões do ar-condicionado. No espaço interno, os dois também se equivalem, mas nesse quesito a semelhança é bem-vinda. Quatro pessoas conseguem viajar com relativo conforto nos dois carros. No porta-malas do Uno cabem entre 280 e 290 litros, dependendo da posição do encosto traseiro, e o do Gol leva 285 litros. 

De série, Uno e Gol saem de fábrica apenas com o essencial. A maior diferença entre os dois está na qualidade do acabamento. A superioridade do VW é percebida pela observação das peças e também pela menor quantidade de ruídos vindos de painel, bancos, portas, cintos de segurança e para-sóis, entre outras partes. 

Ao volante dos 1.0, o Gol lembra a seleção escalada por Dunga: correta, robusta, firme, previsível. Já o Uno parece a seleção escalada nas ruas, tão competente quanto a primeira, mas dada a jogadas de efeito, lances bonitos e mais jogo de cintura. Explico. O Gol tem a direção mais pesada, exige maior esforço nas manobras. Sua suspensão firme não tolera movimentos de rolling nas curvas e passa por buracos de forma tensa, quase dura. Por sua vez, o Uno é um carro fácil de dirigir. Sua direção é leve e a suspensão macia e confortável deixa a carroceria inclinar nas curvas – sem, contudo, comprometer a dirigibilidade, uma vez que, apoiado, o carro segue a trajetória obediente. 

O Uno é mais divertido ao volante, sem dúvida. Mas o Gol se saiu melhor nos testes. Com o estilo foco-no-resultado do treinador brasileiro, o Gol acelerou de 0 a 100 km/h em 14,5 segundos e retomou de 60 a 100 km/h em 12,8 segundos, enquanto o Uno fez respectivamente 17,1 e 18,6 segundos. Nas provas de consumo, pode-se dizer que houve empate. O Gol conseguiu 8,7 km/l na cidade e 12 km/l na estrada. O Uno fez 8,4 e 11,5 km/l, respectivamente. Mas, de qualquer modo, como andou mais e gastou o mesmo, o Gol demonstrou ter um motor mais eficiente. 

Na hora de contabilizar prós e contras, o Uno se destacou pela novidade de seu design ousado e pelo comportamento dinâmico. O Gol chamou atenção pela qualidade (apesar do histórico de recalls que essa geração coleciona) e pelo desempenho. O desempate ficou por conta dos preços, quesito em que a vantagem fica com o Uno. O Fiat básico é menos equipado, mas permite ao comprador equipá-lo com ar-condicionado e direção hidráulica, entre outros itens, com um investimento menor que o necessário para equipar o Gol. Como não costuma ser diferente nos clássicos, o equilíbrio marcou o confronto entre Gol e Uno. Entre jogadas inteligentes e bem ensaiadas de ambas as equipes, num jogo de poucas faltas, o Uno vence pela relação custo-benefício.

*Conclusão do Blog - A briga entre Uno e Gol é velha,desta vez o desempate podemos dizer que nos pênaltis,Fiat Uno ganhou no Custo beneficio, mas ainda pode-se deixar clara a superioridade do VW,se você possui condições fique com o VW, mas se não for o casso o Uno é uma ótima opção   







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